Vieses cognitivos, o que são e como explicam o funcionamento do nosso cérebro
Compreender o que são os vieses cognitivos é fundamental para lidar melhor com o mundo que nos rodeia e como projetamos novas experiências
Hoje venho falar sobre os vieses cognitivos, também conhecidos como “cognitive biases“.
Sabias que 95% dos vieses cognitivos acontecem sem estarmos conscientes?
Eles podem ser entendidos como um atalho do nosso cérebro para processar a informação ao nosso redor.
Por vezes os atalhos não são bons e levam-nos ao processamento errado da informação, ao que damos o nome de distorção de julgamento.
Neste momento conhecem-se mais de 188 vieses cognitivos. Estes desvios ou erros podem aparecer de várias formas. As mais usais estão ligadas ao processamento de informação através de atalhos, distorção na forma como guardamos os acontecimentos na nossa memória, limitação no processamento do nosso cérebro. influência social ou alterações emocionais.
Entender o que são vieses cognitivos é importante para nós, designers, porque estamos constantemente a desenhar produtos e serviços numa era em que os “dark patterns” estão a aumentar, o esforço cognitivo também e o erro humano não consciente é cada vez maior. Isto é muito preocupante sobretudo em ambientes hospitalares em que a vida humana pode ser colocada em risco.
Como usar este conhecimento a nosso favor?
Agora tenho um “twist” interessante. Aprender sobre os vieses cognitivos é tão essencial para entender melhor as pessoas que vão usar os nossos produtos e serviços como também para entender os nossos stakeholders!!
Diria que grande parte dos stakeholders tomam decisões baseados no “bias” ao seu redor, o que nos leva muitas vezes a escolhas pobres no que toca à experiência do utilizador e a pensar mais nos objetivos de negócio do que no real valor que estamos a entregar. Um desses vieses poderia ser o Confirmation Bias.
É possível então usar os vieses cognitivos a nosso favor para melhor entender e persuadir os nossos stakeholders para tomarem melhores decisões. Ao mesmo tempo que podemos usar esse conhecimento para perceber os nossos próprios “biases”, como os contornar e logicamente desenhar e criar experiências centradas no humano.
Referências:
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