The importance of starting to design for ageing
According to the 2018 Ageing report that Público reinforces, only 4.2 million people will be of working age (2), and so we are moving towards a new paradigm.
🇬🇧 English Version (Scroll down for the Portuguese version)
Some say that growing old is the best thing that can happen to us (1), yet there is a clear marginalisation and segregation of the senior population in society.
As well as the negative connotations we associate with ‘old’, ‘elderly’ and ‘third age’ from an early age.
None of us wants to be old, let alone called old. Talk to my 82-year-old grandmother who says she's not old.
We associate being old with being bad, being put aside, having lots of health problems and ending up in a care home. But does it have to be this way?
By 2070, Portugal will only have 4.2 million people of working age
According to the 2018 Ageing report that Público reinforces, only 4.2 million people will be of working age (2), and so we are moving towards a new paradigm.
The stigma of existing solutions
Growing old is linked to the stigma created by society. Today's solutions, whether they're mobility solutions like walkers or something else, scream old age. They are usually products that nobody wants to use because they are linked to stigma.
We need to innovate for new solutions that add more value and are desired not only by the senior population, but by everyone who needs them.
We can create a walker so incredible that maybe even young people won't have any stigma about using it as a portable chair that they can take to socialise in the street with friends or to a concert with long hours of standing.
Interface Design
Best practices for designing interfaces for seniors are also part of human-centred design and therefore shouldn't be news to many. However, it's always worth reinforcing:
Make use of progressive disclosure. This age group is especially vulnerable to failures in episodic and working memory. We should introduce new options and functionalities gradually.
One task per screen, high contrast and legible fonts.
Give the clearest possible feedback on progress and interaction.
Promote reminders for habitual actions.
Use subtitles for all videos.
Don't use text on top of images.
Avoid using iconography on its own.
Due to the loss of attention common at these ages, we also need to be as explicit as possible.
Beyond Interfaces
Working in this area goes beyond interface design. It includes architecture, politics, public transport, services and new access. There is a whole world to be explored and made accessible so that we can prolong active ageing for as long as possible.
It's also important to emphasise that we want to create products that are inclusive and as such don't scream old age, prejudice or stigma. Products that can be used by everyone to improve their quality of life because ‘the world is getting older and there is nothing more modern than getting old’ (3).
Referências
1 Kalache A. ‘Growing old is the best thing that can happen to you’ | Alexandre Kalache explains ageism and prejudice [video] [Internet]. Youtube. 2020.
2 Público ‘In 2070, Portugal will only have 4.2 million people of working age’
3 Kalache A, Carbonari P. ‘The world is ageing and there's nothing more modern than getting old’, says gerontologist Alexandre Kalache. Future Health. 2021.
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🇵🇹 Versão Portuguesa
Há quem diga que envelhecer é o melhor que nos pode acontecer (1), ainda assim, existe uma clara marginalização e segregação da população senior na sociedade.
Assim como a conotação negativa que associamos desde cedo ao “velho“, “idosa“, “terceira idade“.
Nenhum de nós quer ser velho, muito menos chamado de velho. Falem com a minha avó com 82 anos que afirma não estar na terceira idade.
Associamos que ser velho é mau, somos colocados de parte, temos muitos problemas de saúde e iremos acabar num lar. Mas será que tem de ser assim?
Em 2070, Portugal só terá 4,2 milhões de pessoas em idade ativa
Segundo o Ageing report de 2018 que o Público reforça, apenas 4,2 milhões de pessoas estará em idade ativa (2), e por isso caminhamos para uma um novo paradigma.
O estigma das soluções existentes
O envelhecer está ligado ao estigma criado pela sociedade. As soluções atuais, sejam elas de mobilidade como os andarilhos ou de outra natureza gritam velhice. Normalmente são produtos que ninguém quer usar porque estão ligados ao estigma.
É preciso inovar para novas soluções que adicionem mais valor e que sejam desejadas não só da população sénior, mas por todos os que tiverem essa necessidade.
Podemos criar um andarilho tão incrível que talvez até jovens não tenham estigma em o usar como uma cadeira portátil que podem levar para conviver na rua com amigos ou para um concerto com largas horas de espera em pé.
Design de interfaces
As melhores práticas para o design de interfaces para séniores fazem também parte do design centrado no humano e por isso não deveriam de ser novidade para muitos. No entanto vale sempre a pena reforçar:
Fazer uso da “progressive disclosure”. Esta faixa etária é especialmente vulnerável a falhas na memória episódica e de trabalho. Devemos apresentar novas opções e funcionalidades gradualmente.
Uma tarefa por ecrã, alto contraste e fontes legíveis.
Dar feedback o mais claro possível sobre o progresso e interação.
Promover lembretes para ações habituais.
Usar legendas para todos os vídeos.
Não usar texto em cima de imagens.
Evitar o uso de iconografia sozinha.
Devido à perda de atenção comum nestas idades temos também de ser o mais explícitos possível.
Para além de interfaces
Atuar nesta área vai para além do design de interfaces. Passa pela arquitetura, política, transportes públicos, serviços, novos acessos. Existe todo um mundo para ser explorado e tornado acessível para que possamos prolongar um envelhecimento ativo e longínquo.
Importante também reforçar que queremos criar produtos que sejam inclusivos e como tal que não gritem velhice, preconceito ou estigma. Produtos que possam ser usados por todos para a melhoria da qualidade de vida porque “o mundo está envelhecendo e não há nada mais moderno do que ficar velho” (3).
Referências
1 Kalache A. «Envelhecer é o melhor que pode te acontecer» | Alexandre Kalache explica idadismo e preconceito [video] [Internet]. Youtube. 2020.
2 Público «Em 2070, Portugal só terá 4,2 milhões de pessoas em idade activa»
3 Kalache A, Carbonari P. “O mundo está envelhecendo e não há nada mais moderno do que ficar velho”, diz gerontólogo Alexandre Kalache. Future Health. 2021.
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